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Monday, December 26, 2005

work in progress

O processo criativo é um processo de descoberta interior do confronto com uma nova vivência resultante de uma acção modificadora aplicada a um objecto interno ou esterno. É o descobrir (-se) (em) algum produto de um fazer; o redescobrir (-se) (em) algo ja existente e presente (a nivel qsiquico ou não) num outro contexto.
O acto criativo é resultante de uma motivação não recursiva, resulta de uma curiosidade intrínseca do ser humano no confronto com a infinitude das possibilidades do real; resulta de uma necessidade psiquica enquanto catarse de uma vivência, limitada por definição, e subjugada a um conjunto de imperativos (sociais, éticos, metodológicos, formais, morais, emotivos, etc...).
As referências a actos criativos, ou processos criativos prévios é incontornavel. Estas, latentes ou patentes, encontram-se no produto do acto criativo e são manifestações de ressonâncias psiquicas de varias influências de outros objectos (produtos de um processo criativo ou não) que agiram, agem e agirão em qualquer acção modificadora da realidade de cada um...
Existirá sempre a 'luta' entre os tecnicistas, artistas, intelectuais, profundos, 'meaningfull' e demasiado timidos e os outros; espontâneos, irresponsáveis, descompensados, irritantes, isolados, contortos.
Uns estudam e estudam para criar algo de novo, os outros, fazem e fazem sem nexo ou consciência da importância do acto modificador do real. Uns acabarão por perpetuar o que ja existe com mais uma ou duas camadas de complexidade, fazendo coisas artísticas que serão aclamadamente consideradas como contributos importantes para o panorama artístico nacional.
Outros nunca serão conhecidos, profissionais, ou até tidos como referências para seja o que for do domínio artístico.
Uns ao levar a 'arte' como um trabalho e uma coisa séria, serão 'artistas'; outros ao não serem sérios ou sequer minimamente responsáveis no que respeita o processo de criação artística, serão outra coisa qualquer.
Quem tem razão? os tecnicistas que estando tão embrulhados em referências e na importância da mesnagem que querem comunicar não 'criam' nada de espontâneo; ou os espontâneos que fazendo o que lhes apetece não sabem o que fazem, mas fazem o que sabem?

2 comments:

a said...

no meio está a virtude!

Z said...

Eu sou o técnicista, o "artista", profissional, etc, etc, etc... não tenho um orgulho especial nisso, não me sinto parte de um grupo de iniciados nem me acho mais iluminado do que "os outros".
Algures num post anterior apareceu "eu sou pessimista": bem, eu, pelo contrário, sou uma espécie de "optimista céptico" e, como tal, em dias de boa vontade, acho que há espaço para todos e que podemos aprender uns com os outros.
Como nem sequer sei ainda quem és e o que pensas (permite-me a veleidade de te tratar por tu), depreendo deste texto que fazes parte dos "espontâneos, irresponsáveis, etc etc etc. Tenho um enorme respeito e admiração por quem pode e consegue sê-lo no contexto do academismo artístico em que vivemos...
Tenho dito, para já.