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Sunday, April 03, 2011

Mobile test

This could prove to revive my posts...

Wednesday, December 24, 2008

Sunday, September 28, 2008

Ja estava na altura de outro post não?

ehem... sim claro, no entanto de momento encontro-me bastante atarefado.
Fica a promessa da tentativa do esforço de, no dia-a-dia, ir alimentando devagar a ideia de escrever mais qualquer coisa. aaaah, indisciplina...

Monday, March 17, 2008

Cultura e Altruísmo

Começamos este trabalho por abordar o conceito de altruísmo recíproco e a sua influência no facto do ser humano ser gregário. A evolução desta característica tem implicações ao nível cognitivo nomeadamente à exigência da existência de mecanismos de identificação individual e de avaliação de custos e benefícios prestados ao próprio ou à ‘comunidade’. O Altruísmo recíproco que Trivers postulou em 1971 é, de certa forma, inevitável, visto ser uma questão matemática de sobrevivência. Um grupo de indivíduos que tendem a cooperar numa base de altruísmo recíproco, terão maiores probabilidades de proliferar que um mesmo grupo em que os mesmos indivíduos operem enquanto unidades isoladas. A reprodução sexuada dá o mote para a inevitabilidade e a necessidade da existência de outro indivíduo (nem que seja só um) para a reprodução e sobrevivência (dos genes). De dois indivíduos para mais que dois indivíduos, mais uma vez, é uma questão de probabilidade de sucesso na reprodução, sendo que cada sexo vai tentar maximizar as suas possibilidades de se reproduzir aumentando as probabilidades de encontrar um parceiro viável, o que implica a procura do outro sexo. Não é de estranhar portanto que o homem tenha evoluído no sentido de ser, o tão aclamado, ser social.

A evolução, na óptica de Dennett levou ao aparecimento de criaturas que eventualmente entraram no ‘nicho cognitivo’. Sem entrar nos vários tipos de seres cognitivos (popperianos, rogerianos, etc,) que o autor descreve, será suficiente, para o propósito deste trabalho, assumir que o homem enquanto ser cognitivo, possui a capacidade de conceptualizar o mundo (ou os mundos específicos de cada unidade que consegue descrever), bem como conceptualizar acções, conceptualizar-se a si próprio e relacionar estas conceptualizações entre elas através de conectores (como os encontrados nos
mapas conceptuais). Estes conectores são em si ‘objectos’ conceptualizáveis e relacionáveis e a natureza intrincada e recursiva desta capacidade pode na óptica de Hofstadter levar ao aparecimento da consciência. O nicho cognitivo, pela sua natureza e pela relação causal que tem com a consciência, leva-nos ao conceito de informação. Informação, segundo Lloyd, é uma analogia, i.e., é a possibilidade de fazer corresponder um sistema formal a outro sistema formal. Para isso é necessário um aparelho conceptualizador que, por sorte e como outros vertebrados, possuímos. O aparecimento de células nervosas que se organizam sucessivamente em sistemas cada vez mais complexos até ao nosso SNC é visível desde os cnidários. A recente descoberta de neurónios espelho vem possivelmente elucidar como podemos possuir e processar informação para além das nossas próprias experiências, bem como fornecer uma base biológica para a aprendizagem, a linguagem e a empatia. Estas características são patentes na ‘vida social’ bem como é patente a função evolutiva do aparecimento de um tal mecanismo. A vida em grupos fornece vantagens, é certo, mas ao mesmo tempo é fonte de perigos novos, especialmente se não conseguirmos decifrar em tempo real as intenções do outro.

A informação de que falamos aqui de nada serviria se não possuíssemos outra competência cognitiva de base que é a capacidade de armazenar, recuperar e trabalhar a informação. Se não possuíssemos esta capacidade não seria possível sequer conceptualizar seja o que for, não haveria nada para conceptualizar, é ela que possibilita a aprendizagem. A
memória, seja ela um armazém de experiências ou uma alteração específica da forma ‘default’ de processamento de uma dada informação, encontra-se assim em estrita relação com a aprendizagem. A aprendizagem baseia-se portanto na informação que conseguimos ‘retirar’, ‘guardar’ e conceptualizar do mundo que nos rodeia. Este mundo é portanto representado num sistema cognitivo e as suas unidades, tal como os ‘objectos’ do mundo possuem uma relação entre elas. A todo este processamento implícito que é inerente à cognição chamamos transmissão involuntária de informação. Transmissão involuntária, na medida em que falamos de seres animados, a quem imputamos intencionalidade, e que apesar de não terem a ‘intenção’ de transmitir informação, esta (leia-se informação) é inevitável e inerente a qualquer estado, objecto acção ou inacção. Pode-se dizer que é a própria consciência a criar a informação (pode?).

A associação de intencionalidade e informação leva, não surpreendentemente, à intenção de informar, ou de comunicar. Como já vimos, a
comunicação é inevitável visto a informação ser uma propriedade inerente de qualquer objecto no confronto com uma consciência, a comunicação no entanto quando é intencional é considerada linguagem (seja esta verbal, ou não verbal). Baseia-se em símbolos e num sistema de analogias acima referido (um ‘sistema mundo’ corresponde a um sistema de símbolos cognitivos, sendo estes um padrão de activação neuronal específico), a necessidade de feedback da informação implica uma base comum onde mais uma vez, os neurónios espelho aparecem como uma variável importante a considerar. Pinker considera a linguagem uma inevitabilidade e como sendo um instinto (instinto para a linguagem) para o qual temos (nós homens) uma predisposição inata.

Chegamos, temo tardiamente dado o limite de palavras imposto, ao conceito de
cultura. A definição de cultura é elusiva, e para formular um discurso que seja abrangente a animais humanos bem como a animais não humanos, consideraremos cultura de uma forma muito genérica. Para isso chamaremos cultura a um conjunto de comportamentos específicos (que sugiram ou não como solução a problemas específicos) e que tenham uma correspondência em várias gerações. Tal como o conceito de selecção natural, o conceito de cultura não pode existir sem uma forma de transmissão inter-geracional de comportamentos específicos (ou de genes no caso da selecção natural), ou seja uma forma de hereditariedade. Sempre que há mais do que uma forma de atingir o mesmo objectivo, a forma a que um organismo chega é probabilística, i.e., depende da capacidade de conceptualização, processamento e experiências prévias (que obviamente implicam o ambiente em que está integrado). Ao aprender um comportamento específico como solução a um problema, e sendo bem sucedido no objectivo, o organismo vai reforçar esse comportamento que lhe fornece uma capacidade a mais que outro organismo (que vive no mesmo grupo) não possui, rapidamente vão ser favorecidos os indivíduos que aprendam, não só por um processamento eficaz de informação mas por uma capacidade eficaz de seleccionar e imitar outros comportamentos que sejam úteis. Isto é o equivalente ao dizer que aprendemos com as experiências dos outros ou que quantas mais maquinas cognitivas se debruçam sobre um mesmo problema maior vai ser a probabilidade de atingirem uma solução mais rapidamente e de os outros (que não chegaram à solução) aprenderem também. Dadas as condicionantes acima referidas, organismos com capacidades de processamento diferentes em ambientes diferentes tenderão a atingir respostas diferentes para os mesmos problemas. Isto cria nichos de cultura mais ou menos elaboradas e mais ou menos eficazes (obviamente depende também da natureza do problema envolvido).

Dawkins propôs o nome de ‘
meme’ à unidade teórica (correspondente ao gene) de transmissão de cultura / ideias, este conceito foi explorado mais a fundo por Dennett e deu origem à memética que, como o nome indica é o estudo das unidades replicadoras de cultura. A capacidade que resulta da combinação da consciência, memória, linguagem e a possibilidade de contrariarmos a nossa ‘programação’ biológica aliada à hereditariedade das praxis particulares levam ao nascimento de uma dinâmica que apesar de derivar dos organismos aparenta ser autónoma. Neste sentido a teoria da co-evolução gene cultura que consiste em considerar ambos os sistemas como autónomos e mutuamente influenciáveis coloca o enfoque nesta interacção entre genes e cultura ao mesmo tempo que fornece novos modelos e paradigmas experimentais que permitem compreender melhor tanto a cultura como os genes.

Referências

- BYRNE, R. W., BARNARD, P. J., DAVIDSON, Iain, JANIK, V. M., McGREW, W. C., MIKLO, A. e WIESSNER, P. (2004), Understanding Culture Across Species. TRENDS in Cognitive Sciences Vol.8 No.8 August 2004
- DAWKINS, R. (1976), The Selfish Gene. Oxford University Press, reimpresso em 1989.
- DENNETT, D. C. (1991), Consciousness Explained. The Penguin Press.
- DENNETT, D. C. (1996), Tipos de Mentes. Rocco Temas e Debates – Actividades Editoriais Lda. Lisboa.
- HOFSTADTER, D. R. (1987), Gödel, Escher, Bach. An Eternal Golden Baird.
- LLOYD, S. (2006),
Programming the Universe: A Quantum Computer Scientist Takes On the Cosmos. ED.
- MESOUDI, A., WHITEN, A., LALAND, K. N., (2006), Towards a Unified Science of Cultural Evolution. EUA, Behavioral and Brain Sciences 29, 329–383.
- PENROSE, R. (1989), The Emperor's New Mind: Concerning Computers, Minds, and the Laws of Physics. Oxford Univ. Press.
- PINKER, S. (1994), The Language Instinct. Penguin, London.
- PINKER, S. (1997). How the Mind Works. Norton, Ed. USA.
- PURVES, W.K., ORIANS, G.H. & HELLER, H.C. (1998), “Life: the science of biology”. Sinauer Associates. 5th Edition. Massachussetts. U.S.A. 1234pp.
- TOMASELLO, M. (1999), The Human Adaptation for Culture. Annu. Rev. Anthropol. 28:509–529.
- WIKIPEDIA,
http://en.wikipedia.org/ (para definições de conceitos).

"The significance of language for the evolution of culture lies in this, that mankind set up in language a separate world beside the other world, a place it took to be so firmly set that, standing upon it, it could lift the rest of the world off its hinges and make itself master of it. To the extent that man has for long ages believed in the concepts and names of things as in aeternae veritates he has appropriated to himself that pride by which he raised himself above the animal: he really thought that in language he possessed knowledge of the world.”
Friedrich Nietzsche, Human, All Too Human

Sunday, December 30, 2007

O problema mente/cérebro

O problema mente/cérebro ou dualismo mente/cérebro surge com René Descartes (1596-1650). Mais do que um problema sobre a existência ou não da ‘alma’ ou de outra qualquer propriedade incorpórea que nos torna, enquanto espécie, ‘especiais’, o problema mente/cérebro diz respeito à conceptualização de matéria e não matéria, do físico e do metafísico (ou não-físico), do objecto e do sujeito.

“Even so, it is in the writings of Descartes that we find the full-blown paradox of the mind-body dichotomy. His method of radical doubt led to a single certainty: 'I think, therefore I am' — a theory of knowledge based on subjectivity linked to a theory of ultimate reality based on 'thinking substances' as one class of existence. Mind was being put forward as a self-contained sphere of enquiry.” (Robert M. Young, 1990)

É realmente a partir de Descartes que realmente se diferenciam as várias escolas do pensamento sobre esta problemática que levam, inevitavelmente, a questões de ordem maior e que ainda hoje em dia são as bases da ciência e do pensamento moderno.

Pode-se pensar neste problema de dois grandes pontos de vista ou correntes, uma ontológica, em que a problemática se centra na dicotomia mente-cérebro, e outra epistemológica, onde o dualismo é o sujeito vs. o objecto.

Por um lado, o cérebro, enquanto órgão, enquanto objecto observável, faz parte do mundo físico, está localizado num sítio específico (o crânio), é responsável pelo comportamento, é o ‘centro de controle’ do SNC e possui uma miríade de outras propriedades e características que remetem para ‘coisas’ observáveis. Por outro lado temos a mente. A mente não é uma ‘coisa’ ou um objecto observável. Ela é um objecto deduzível, faz portanto parte de uma não-matéria do não-físico ou metafísico. Nas suas definições, começam a aparecer uma infinidade de conceitos de ‘coisas’ que não podem ser observadas directamente, ‘coisas’ como a informação, o significado, a cognição, a percepção, a memória, a atenção, a intencionalidade, a consciência, a imaginação, os sentimentos, as emoções, a alma, etc..

O grande problema dos postulados dualistas é a falta de uma explicação de como um não-objecto pode interagir com um objecto.

Uma afirmação, na sua maioria consensual, é o facto de termos um órgão chamado cérebro (que tem varias funções), estando a mente intrinsecamente ligada a este (visto que sem cérebro não somos capazes de identificar ‘mente’). Sem querer entrar numa discussão ontológico-linguística sobre o significado de cérebro ou a semântica das palavras, uma coisa que acho importante sublinhar, são as implicações desta primeira afirmação. Ao falarmos, identificarmos ou nomearmos um objecto estamos a assumir uma perspectiva materialista. Estamos a dizer o que uma coisa é. Todos os constructos idealistas partem da negação do ser, da negação da matéria e da negação do que é quantificável e observável. Neste sentido, a discussão da existência da matéria não é realmente uma discussão.

Esta perspectiva tem duas implicações, a primeira é a impossibilidade de um ‘objecto’ ser e não ser ao mesmo tempo segundo o princípio do terceiro excluído (tertium non datur). A segunda é que os ‘objectos’ metafísicos (ideias), que segundo as perspectivas dualistas são de outra ordem (substancias imateriais), e segundo o idealismo chegariam a ser a realidade em si (nós incluídos), teriam assim, também eles, propriedades físicas.

Mas aqui já estarei a assumir posições, voltando atrás: como pode uma ‘não-coisa’ interagir com uma ‘coisa’?

As estratégias para resolver este dualismo assumem fundamentalmente três dimensões: dualismo, materialismo ou fisicalismo, e Idealismo ou Mentalismo.

O dualismo clássico, resolve o problema da comunicação entre matéria e não-matéria, fazendo aparecer Deus neste ponto. O próprio Descartes falava das propriedades ‘mágicas’ da glândula pineal, sem nunca, no entanto, explicar como esta passagem realmente funcionaria. Os Interaccionistas modernos (dualistas por definição) partem do pressuposto que os dois mundos (físico e mental) interagem mas não conseguem explicar este fenómeno em termos causais.

O paralelismo psicofísico, ou concomitância, tenta resolver o problema postulando que os processos, físicos e mentais acontecem em paralelo não havendo necessidade de interacção entre os dois.

Em oposição às doutrinas dualistas surgem as monistas das quais o materialismo faz parte, segundo as materialistas, o mental não tem autonomia ou eficácia causal, é apenas um efeito ou um epifenómeno dos processos físicos e fisiológicos. A maior crítica a esta perspectiva é a de que o conceito de matéria é demasiado reduzido para conseguir explicar o aparecimento da vida e da mente, por isso é também chamada, às vezes, reducionismo.

Existem algumas variantes do monismo materialista, uma delas é a Identity Theory segundo a qual os dois estados (mente e cérebro) estariam baseados numa Identidade empírica, os estados cerebrais. Outra abordagem que visa superar as dificuldades de perspectivas monistas e dualistas, mas que no entanto pode ser considerada uma perspectiva monista também, é o monismo neutro que considera mente e cérebro como dois aspectos ou atributos de uma realidade subjacente única que seria uma ‘substância’ nem mental nem física.

Por ultimo, uma abordagem que só considere o mundo mental ou das ideias também é conceptualizável, chama-se Idealismo ou Mentalismo. Não se encontram muitas teorias monistas mentalistas que não divaguem e se percam pelos meandros das relações causais de um mundo inobservável directamente. A teoria advoga que as ideias, ou o pensamento são, se não a totalidade da existência uma grande parte dela, a matéria à qual os materialistas chamam física (que é cada vez menos massa e cada vez mais ‘energia’ – existe aqui alguma desapropriação das novas teorias da mecânica quântica e da teoria das supercordas da física), não seria mais do que aglomerados de sensações. (Bundle Theory).

Como então podemos reconciliar o que nos parece instintivamente certo, i.e., que a matéria existe?

Uma teoria deriva das teorias de sistemas, e que deu origem à área de investigação em sistemas complexos, a emergência. Este postulado estuda as propriedades ‘emergentes das combinações de ‘objectos’, são propriedades que não pertencendo a nenhum dos componentes de um sistema, pertencem ao sistema como um todo.

Outra teoria que parece ter superado este problema é a Evolução. A característica que lhe permite superar a dicotomia mente/cérebro pode bem ser o Gradualismo, ao mesmo tempo que a procura da explicação do aparecimento de caracteres na filogenia de uma espécie (com os seus paralelos ontogenéticos ou não), desvia o foco da atenção sobre o funcionamento e a evolução de, seja a física como a metafísica ou ainda uma terceira, e ainda não conceptualizada, hipótese.

Neste sentido, as abordagens empíricas (fenomenológicas ou heterofenomenológicas? – Conciousness Explained, Dennett, D. 1991) ‘emergentes’ à problemática mente/cérebro que são na sua base epistemológicas, levam-nos a uma perspectiva ontológica (no seu sentido etimológico) do ser humano enquanto ‘ser’ (e objecto da) ‘ciência’, quando centradas na consciência. As questões da área da Inteligência Artificial e da Teoria da Computação, aliadas à teoria de sistemas complexos fornece-nos outras perguntas de base como por exemplo: Será possível que um sistema complexo (como o homem) seja capaz de estudar o homem? Pode o cérebro estudar o cérebro sem sair de si? E se sim como?

Referências
DENNETT, D. C. (1991) Consciousness Explained. The Penguin Press.
DENNETT, D. C. (1996) Tipos de Mentes. Rocco Temas e Debates – Actividades Editoriais Lda. Lisboa.
HOFSTADTER, D. R. (1987). Gödel, Escher, Bach. Na Eternal Golden Baird.
http://en.wikipedia.org/ (para definições de conceitos)
LLOYD, S. (2006?) Programming the Universe: A Quantum Computer Scientist Takes On the Cosmos. ED.
PENROSE, R. (1989) The Emperor's New Mind: Concerning Computers, Minds, and
the Laws of Physics, Oxford Univ. Press.
PINKER, S. (1997). How the Mind Works. Norton, Ed. USA.
SEARLE, J. (1981) Mind Design – Philosophy, psychology, artificial Intelligence. John Haugeland, Editor. MIT Press. Cambridge Massachussetts. London, England (pp.282-306)
TOOBY, J. and COSMIDES, L. (1996). The Cognitive Neuroscience. MIT Press.
Cambridge, Massachussetts. London, England (pp. 1185-1197)
VANDERWOLL, C. H. (2003) An odyssey through the brain, behaviour and the mind. Kluwer Academic Publishers. University of Western Ontario, London, Ontario,
Canada. (pp. 153-170)
YOUNG, R. M. (1990) The mind-brain problem.

http://human-nature.com/rmyoung/papers/pap102h.html